Paula Palminha: “Balanço do Inquérito Serológico Nacional é positivo pois conseguimos uma boa taxa de execução”

22-12-2016

Chegou ao fim o trabalho de campo do Inquérito Serológico Nacional (ISN), promovido pelo Instituto Ricardo Jorge, através dos seus Departamentos de Doenças Infeciosas e de Epidemiologia, seguindo-se agora a fase dos testes laboratoriais. Para Paula Palminha, coordenadora do ISN, o balanço do trabalho, até ao momento, é extremamente positivo pois foi alcançada “uma boa taxa de execução”.Mais de 4800 indivíduos participaram no Inquérito Serológico Nacional (ISN), promovido pelo Instituto  Ricardo Jorge, através dos seus Departamentos de Doenças Infeciosas e de Epidemiologia. Segue-se agora a fase dos testes laboratoriais, sendo que os primeiros resultados sobre este estudo serão divulgados em março de 2017.

Em entrevista, Paula Palminha, coordenadora do ISN, mostra-se satisfeita com o  trabalho desenvolvido até ao momento, apesar de terem existido algumas dificuldades no recrutamento de participantes, principalmente no grupo etário acima dos 2 anos. A responsável destaca como um dos principais aspetos positivos a boa taxa de execução do projeto.

Com a conclusão do trabalho de campo e início dos testes laboratoriais, que balanço é possível fazer até ao momento do ISN?

O balanço é muito positivo pois tendo em conta o plano de amostragem, os grupos etários envolvidos (acima dos 2 anos), a dimensão nacional e o tempo de execução, penso que conseguimos, apesar das dificuldades, uma boa taxa de execução. No entanto, se fosse possível voltar atrás no tempo, com o conhecimento atual, reformularia parte do processo de recrutamento, sobretudo nas crianças pois esta etapa acabou por demorar demorou quatro vezes mais tempo do que o esperado.

Por exemplo, para além dos laboratórios parceiros, o recrutamento seria efetuado a nível hospitalar nas consultas externas de crianças e adultos e por elementos adstritos ao Instituto Ricardo Jorge, o que teria permitido o recrutamento de participantes necessários num menor intervalo de tempo.

A taxa de execução do ISN não foi igual em todas as regiões que participaram no Inquérito. A que se deveu estas diferenças?

O recrutamento de participantes esteve a cargo dos nossos parceiros, nomeadamente o Laboratório de análises Clinicas Dr. Joaquim Chaves, Labco e seus associados, não foi algo que estivesse dependente do Instituto Ricardo Jorge. Contudo, a nossa perceção é que as diferenças observadas se poderão dever às dificuldades que os laboratórios envolvidos tiveram na realização desta tarefa.

Quando é que são esperados os primeiros resultados deste Inquérito e de que forma serão divulgados?

Os resultados do Inquérito Serológico Nacional serão divulgados em março do próximo ano, através da realização de um workshop, em local e data que serão anunciados oportunamente.

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