Relatório de monitorização das linhas vermelhas para a COVID-19 – 18/06/2021

18-06-2021

A Direção-Geral da Saúde (DGS) e o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) divulgam o relatório n.º 12 de monitorização das linhas vermelhas para a COVID-19. O relatório inclui os diversos indicadores descritos no documento das Linhas Vermelhas, nomeadamente a incidência a 14 dias e o índice de transmissibilidade (Rt), nacionais e por região de saúde.

Do presente relatório, destacam-se os seguintes pontos:

  • O número de novos casos de infeção por SARS-CoV-2 / COVID-19 por 100 000 habitantes, acumulado nos últimos 14 dias, foi de 105 casos, com tendência crescente a nível nacional;
  • O valor do Rt apresenta valores superiores a 1 ao nível nacional (1,14) e em todas as regiões de saúde, sugerindo uma tendência crescente. Esta tendência crescente é mais acentuada na região de Lisboa e Vale do Tejo (LVT), que apresenta um Rt de 1,20;
  • Mantendo-se esta taxa de crescimento, o tempo para atingir a taxa de incidência acumulada a 14 dias de 120 casos/100 000 habitantes será inferior a 15 dias para o nível nacional e na região do Algarve, tendo já sido ultrapassado esse limiar em LVT, que poderá ultrapassar o limiar da incidência acumulada a 14 dias de 240 casos por 100.000 hab. em menos de 15 dias;
  • O número diário de casos de COVID-19 internados em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) no continente revelou uma tendência crescente, correspondendo a 36 % (semana passada 29%) do valor crítico definido de 245 camas ocupadas;
  • Ao nível nacional, a proporção de testes positivos para SARS-CoV-2 foi de 2,3 % (semana passada 1,3%), valor que se mantém abaixo, mas mais próximo do limiar definido de 4 %. Observou-se um decréscimo do número de testes para deteção de SARS-CoV-2 realizados nos últimos sete dias;
  • A proporção de casos confirmados notificados com atraso foi de 9,6% (semana passada 7,5%), mantendo-se abaixo, mas muito próximo do limiar de 10%;
  • Nos últimos sete dias, 83% dos casos de infeção por SARS-CoV-2 / COVID-19 foram isolados em menos de 24 horas após a notificação, e foram rastreados e isolados 78% dos seus contactos;
  • A variante Alpha (B.1.1.7 ou associada ao Reino Unido) foi a variante dominante durante mês de maio, estimando-se que a variante Delta (B.1.617.2 ou associada à Índia) se possa sobrepor a esta nas próximas semanas;
  • Até 16 de junho, foram identificados 157 casos da linhagem Delta. Existe transmissão comunitária desta variante, mais evidente na região de LVT;
  • Até 16 de junho, foram identificados, por confirmação laboratorial, 113 casos da variante Beta (B.1.351 ou associada à África do Sul). Existe transmissão comunitária desta variante;
  • Até 16 de junho, foram identificados, por confirmação laboratorial, 146 casos da variante Gamma (P.1 ou associada a Manaus, Brasil). Existe transmissão unitária desta variante;
  • A análise dos vários indicadores revela transmissão comunitária do vírus SARS-CoV-2 com intensidade e pressão crescente nos serviços de saúde, em especial na região de LVT;
  • Dado o aumento na frequência da variante Delta, provavelmente com maior transmissibilidade, o intervalo de tempo esperado entre o aumento do número de infeções e o número de internamentos em UCI, a tendência crescente dos vários indicadores a nível nacional, e a sua aproximação aos limiares “linhas vermelhas”, impõem ainda maior atenção à evolução dos indicadores de incidência, virológicos e de impacte, assim como ao aumento do nível de preparação dos recursos a nível regional e sub-regional para o controlo e mitigação da epidemia em Portugal, em especial na população não vacinada ou sem esquema vacinal completo.

Monitorização das linhas vermelhas para a COVID-19 | Relatório nº 12 – 18/06/2021

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