Relatório de monitorização das linhas vermelhas para a COVID-19 – 14/01/2022
14-01-2022
A Direção-Geral da Saúde (DGS) e o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) divulgam o relatório n.º 42 de monitorização das linhas vermelhas para a COVID-19. O relatório inclui os diversos indicadores descritos no documento das Linhas Vermelhas, nomeadamente a incidência a 14 dias e o índice de transmissibilidade (R(t)), nacionais e por região de saúde.
Do presente documento, destacam-se os seguintes pontos:
- O número de novos casos de infeção por SARS-CoV-2 / COVID-19, por 100 000 habitantes, acumulado nos últimos 14 dias, foi de 4 036 casos, com tendência fortemente crescente a nível nacional e em todas as regiões;
- No grupo etário com idade superior ou igual a 65 anos, o número de novos casos de infeção por SARS-CoV-2 / COVID-19, por 100 000 habitantes, acumulado nos últimos 14 dias, foi de 1 499 casos, com tendência fortemente crescente a nível nacional;
- O R(t) apresenta valor igual ou superior a 1, indicando uma tendência crescente da incidência de infeções por SARS-CoV-2 a nível nacional (1,19) e em todas as regiões. A região Norte foi aquela em que se registou o valor mais elevado do R(t) (1,23);
- O número de casos de COVID-19 internados em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) no Continente revelou uma tendência estável, correspondendo a 64% (na semana anterior foi de 62%) do valor crítico definido de 255 camas ocupadas;
- A nível nacional, a proporção de testes positivos para SARS-CoV-2 foi de 14,0% (na semana anterior foi de 10,6%), encontrando-se acima do limiar definido de 4,0% e com tendência crescente. Observou-se uma estabilização do número de testes para deteção de SARS-CoV-2, em especial dos testes rápidos de antigénio, realizados nos últimos sete dias;
- A média móvel da proporção de casos confirmados notificados com atraso foi de 15,6% (na semana passada foi de 12,9%), ultrapassando o limiar de 10,0%;
- As amostragens aleatórias semanais de âmbito nacional por sequenciação do genoma viral, bem como a monitorização em tempo real de casos prováveis da variante Omicron através da “falha” na deteção do gene S, mostram um aumento muito acentuado da circulação desta variante a partir de dia 6 de dezembro de 2021. A variante Omicron é dominante em Portugal, tendo uma proporção de casos estimada de 93,2% no dia 10 de janeiro de 2022;
- A mortalidade específica por COVID-19 (25,5 óbitos em 14 dias por 1 000 000 habitantes) apresenta uma provável inversão da tendência estável anteriormente observada. Esta taxa de mortalidade revela um impacto elevado da pandemia na mortalidade;
- As pessoas com um esquema vacinal completo tiveram um risco de internamento 2 a 5 vezes menor do que as pessoas não vacinadas, entre o total de pessoas infetadas em novembro. As pessoas com um esquema vacinal completo tiveram um risco de morte 3 a 6 vezes menor do que as pessoas não vacinadas, entre o total de pessoas infetadas em dezembro. Na população com 80 e mais anos, a dose de reforço reduziu o risco de morte por COVID-19 quase para seis vezes em relação a quem tem o esquema vacinal primário completo;
- A análise dos diferentes indicadores revela uma atividade epidémica de SARS-CoV-2 de intensidade muito elevada, com tendência crescente a nível nacional. A pressão nos serviços de saúde e o impacto na mortalidade são elevados. Dado o rápido aumento de casos, mesmo tendo em consideração a provável menor gravidade da variante Omicron, é expectável um aumento de pressão sobre todo o sistema de saúde e na mortalidade, recomendando-se a manutenção de todas as medidas de proteção individual e a intensificação da vacinação de reforço.
Monitorização das linhas vermelhas para a COVID-19 | Relatório nº 42 – 14/01/2022
Resumo da análise de risco | Relatório nº 42 – 14/01/2022
