Relatório de monitorização das linhas vermelhas para a COVID-19 – 02/07/2021

02-07-2021

A Direção-Geral da Saúde (DGS) e o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) divulgam o relatório n.º 14 de monitorização das linhas vermelhas para a COVID-19. O relatório inclui os diversos indicadores descritos no documento das Linhas Vermelhas, nomeadamente a incidência a 14 dias e o índice de transmissibilidade (Rt), nacionais e por região de saúde.

Do presente relatório, destacam-se os seguintes pontos:

  • O número de novos casos de infeção por SARS-CoV-2 / COVID-19 por 100 000 habitantes, acumulado nos últimos 14 dias, foi de 200 casos, com tendência crescente a nível nacional;
  • O valor do Rt apresenta valores superiores a 1 ao nível nacional (1,16) e em todas as regiões de saúde, indicando uma tendência crescente. Esta tendência crescente é mais acentuada nas regiões Centro e Algarve, que apresentam um Rt de 1,24 e 1,28 respetivamente;
  • Mantendo-se esta taxa de crescimento, estima-se que o tempo para atingir a taxa de incidência acumulada a 14 dias de 240 casos/100 000 habitantes seja inferior a 15 dias (mais especificamente 6 dias) para o nível nacional. Este limiar já foi ultrapassado em LVT e no Algarve;
  • O número diário de casos de COVID-19 internados em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) no continente revelou uma tendência crescente, correspondendo a 47 % (semana passada 43 %) do valor crítico definido de 245 camas ocupadas;
  • Ao nível nacional, a proporção de testes positivos para SARS-CoV-2 foi de 3,2% (semana passada 2,3%), valor que se mantém abaixo, mas agora mais próximo, do limiar definido de 4%. Observou-se um aumento do número de testes para deteção de SARS-CoV-2 realizados nos últimos sete dias;
  • A proporção de casos confirmados notificados com atraso foi de 7,5% (semana passada 4,2%), mantendo-se abaixo, do limiar de 10%;
  • Nos últimos sete dias, 90% dos casos de infeção por SARS-CoV-2 / COVID-19 foram isolados em menos de 24 horas após a notificação, e foram rastreados e isolados 78% dos seus contactos;
  • Com base em dados de sequenciação genética, a variante Delta (B.1.617.2) ou associada à Índia foi a variante dominante, com uma frequência relativa de 70% dos casos, na semana 24 (14 a 20 de junho) em Portugal. A frequência estimada para a semana 25 (21 a 27 de junho), baseada na deteção do gene “S” por análise PCR, foi de 85% em Portugal continental. Apesar de menos exato do que o valor obtido por sequenciação genética, este último valor indica também a manutenção da tendência crescente da frequência da variante Delta nos casos em Portugal;
  • A análise dos diferentes indicadores mostram uma atividade epidémica de SARS-CoV-2 de elevada intensidade e tendência crescente, disseminada em todo o país – atualmente com maior impacto na região de LVT e Algarve – e associada à disseminação crescente da variante Delta, que é dominante em Portugal continental. No último mês, o aumento da atividade epidémica tem condicionado, um aumento gradual na pressão dos cuidados de saúde, em especial na ocupação dos Cuidados Intensivos.

Monitorização das linhas vermelhas para a COVID-19 | Relatório nº 14 – 02/07/2021

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