Instituto Ricardo Jorge reativa Programa Nacional de Vigilância da Gripe época 2020/21
02-10-2020
O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) reativou, na semana de 28 de setembro a 4 de outubro, o Programa Nacional de Vigilância da Gripe (PNVG), que visa estimar a incidência e intensidade da epidemia de gripe, assim como identificar e caracterizar os vírus da gripe em circulação. A vigilância da gripe a nível nacional é suportada pelo PNVG, ativo entre outubro e maio do ano seguinte, integrando as componentes clínica e laboratorial da vigilância.
Até à época passada, o sistema de vigilância da gripe em Portugal era constituído por quatro redes-sentinela (Rede Médicos-Sentinela, Rede de Serviços de Urgência, Rede de Serviços de Obstetrícia e Rede de Unidades de Cuidados Intensivos) e por uma Rede não-sentinela (Rede Portuguesa de Laboratórios para o Diagnóstico da Gripe), mas este ano o sistema nacional de vigilância será reforçado com uma nova rede sentinela: a Rede de Áreas de Atendimento Dedicados aos Doentes Respiratórios.
Esta alteração vai ao encontro das recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC), no sentido da adaptação dos sistemas de vigilância da gripe à vigilância epidemiológica da doença causada pelo coronavírus da síndrome respiratória aguda grave 2 (COVID-19). Parte da informação resultante desta vigilância é publicada semanalmente, à quinta-feira, no Boletim da Vigilância Epidemiológica da Gripe, sendo que o primeiro Boletim da época 2020/21 será publicado no dia 8 de outubro.
Coordenado pelo INSA, o PNVG tem como principais objetivos identificar os vírus da gripe e outros vírus respiratórios em circulação no território nacional, assim como monitorizar a evolução da atividade epidémica da gripe e caracterizar genética e antigenicamente os vírus da gripe. As atividades do PNVG são desenvolvidas pelo Laboratório Nacional de Referência para o Vírus da Gripe e Outros Vírus Respiratórios do Departamento de Doenças Infeciosas e pelo Departamento de Epidemiologia do INSA, em colaboração com a Direção-Geral da Saúde.
