Ir para o conteúdo
INÍCIO
Áreas de Atuação
Promoção da Saúde e Prevenção de Doenças Não Transmissíveis
Promoção da Saúde e Prevenção de Doenças Não Transmissíveis

O Instituto nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, nomeadamente através do seu Departamento de Promoção da Saúde e Prevenção de Doenças Não Transmissíveis (DPS), desenvolve atividades nas áreas dos determinantes da saúde e fatores de risco e de proteção para doenças, da avaliação da efetividade de intervenções em saúde e da literacia em saúde.

Publicações

 

Literacia em saúde

A literacia para a saúde implica o conhecimento das pessoas, a motivação e as competências para aceder, compreender, avaliar e aplicar informações sobre saúde, a fim de tomar decisões em matéria de cuidados de saúde, prevenção da doença e promoção da saúde, para manter ou melhorar a qualidade de vida durante o curso da vida.

O DPS participou no Programa Saúde Literacia e Autocuidados do Ministério da Saúde, no Grupo Editorial da Biblioteca de Literacia em Saúde, que recolhe, analisa, seleciona e divulga seletivamente projetos e instrumentos que configuram boas práticas em educação, literacia e autocuidados. Tem ainda desenvolvido material educativo para as suas áreas de trabalho, no âmbito de projetos em literacia.

Avaliação do impacte em saúde

O Health Impact Assessment (HIA) é uma metodologia que permite avaliar uma política, programa ou projeto e utilizar os seus resultados para aumentar o conhecimento sobre a proposta, informar os decisores e população afetada, minimizar os efeitos potenciais negativos e maximizar os efeitos positivos sobre a saúde e bem-estar.

No âmbito do Biennial Collaborative Agreement (BCA) entre a OMS e o Ministério da Saúde de Portugal, o DPS desenvolveu um Programa de Treino de Competências para profissionais sobre a metodologia de HIA e conduz estudos de HIA para políticas de vários sectores.

Fatores de risco e biomarcadores para DNT – estudos populacionais

Os estudos de base populacional em curso no DPS pretendem obter um retrato transversal da saúde da população portuguesa ou de alguns subgrupos com DNT de grande impacto. Têm como objetivo estimar a prevalência de fatores de risco biológicos e ambientais para as DNT, compreender a influência das condições socioeconómicas e estilos de vida na saúde e na doença e identificar desigualdades em saúde.

A recolha de dados populacionais sobre determinantes da saúde e a sua análise integrada permitem obter mais e melhor evidência científica para a identificação de intervenções, medidas e políticas públicas de promoção da saúde e prevenção das DNT, adaptada à realidade do nosso país. O DPS foca-se essencialmente em problemas do neurodesenvolvimento como a perturbação do espectro do autismo e as doenças cardiovasculares.

Medicina molecular em doenças não transmissíveis

No DPS a Medicina Molecular debruça-se sobre os mecanismos celulares e moleculares subjacentes a DNTs, com o objetivo de identificar moléculas e compreender as vias fisiopatológicas que levam ao aparecimento de algumas doenças do foro neuropsiquiátrico e cardiovascular.

Medicina personalizada

A medicina personalizada (MP) é uma prática médica inovadora que integra a caracterização fenotípica e genómica do indivíduo para um diagnóstico e prognóstico mais precisos, na estimativa da predisposição individual para uma doença, para prevenção de reações adversas a medicamentos (RAMs), e para a definição de estratégias preventivas e terapêuticas mais adequadas para cada indivíduo.

O INSA, através do seu Departamento de Departamento de Promoção da Saúde e Prevenção de Doenças Não Transmissíveis (DPS), coordena e/ou participa em várias iniciativas e consórcios nacionais e europeus que promovem a implementação da MP e de abordagens genómicas na medicina. Paralelamente desenvolve projetos de investigação para identificar biomarcadores relacionados com a resposta individual à terapêutica farmacológica, com o objetivo de prevenir RAMs e a ineficácia de certos tratamentos farmacológicos.

Neste âmbito implementa testes de farmacogenética que permitem prever com elevada probabilidade a resposta a determinados fármacos. Investiga também os fatores que contribuem para a eficácia da intervenção farmacológica no autismo e na dislipidémia. Tem ainda interesse na análise dos conhecimentos e práticas de farmacogenómica dos profissionais de saúde, através de inquéritos dirigidos a vários grupos profissionais.

Boas práticas em promoção da saúde

A Promoção da Saúde é o processo que visa criar condições para que as pessoas aumentem a sua capacidade de controlar e melhorar os fatores determinantes da saúde, nomeadamente estilos de vida individuais, redes sociais comunitárias e condições socioeconómicas, culturais e ambientes gerais.

Nesta área de trabalho, o DPS tem colaborado em ações conjuntas europeias, financiadas pela CE, para identificação, validação, partilha e difusão de boas práticas em promoção da saúde e prevenção primária de doenças crónicas, e facilitar a sua implementação para além das fronteiras locais, regionais e nacionais.

Modelos integrativos em investigação biomédica

Muitos dos projetos de investigação desenvolvido no DPS baseiam-se numa abordagem multidisciplinar, avaliando e integrando dados moleculares de análises genómicas, transcriptómicas ou proteómicas, com aspetos clínicos, sociodemográficos, comportamentais e ambientais para a identificação de determinantes da saúde e fatores de risco da doença.

Para a integração dos dados, e compreensão do seu significado clínico, estes projetos utilizam uma estratégia de medicina de sistemas: uma abordagem integradora que considera as interações complexas entre constituição genética, comportamentos e ambiente para a definição de modelos multifatoriais que permitem explicar e predizer com maior sensibilidade e precisão os estados de saúde e doença no indivíduo e na população.